sexta-feira, 17 de junho de 2016

Livro sobre direitos humanos e promoção da cidadania no Vale do Jequitinhonha é lançado em Seminário

A própria condição juvenil já é um posição de desigualdade

Durante o X Seminário Visões do Vale, realizado nos dias 13 e 14 de junho, foi lançado o livro “Vale do Jequitinhonha – Direitos Humanos e promoção da cidadania”, fruto das apresentações realizadas no IX Seminário, em 2014.

A publicação traz dez artigos que tratam de temas como políticas sociais, acesso à água, exploração sexual de crianças e adolescentes, direitos humanos para a juventude e violência contra a mulher.
No artigo “Juventudes, Direitos Humanos e violências: por que ainda precisamos dizer o óbvio?”, Rodrigo Correa, da Oficina de Imagens, fala do modo como, mesmo “sem querer”, contribuímos para a violação dos direitos humanos das várias juventudes. Segundo o texto, embora possam ser apontados inúmeros dados sobre a violência letal e física da qual essa parcela da população vem sendo vítima, também é preciso voltar a atenção para as violências já naturalizadas cometidas contra os jovens.
A própria condição juvenil já é um posição de desigualdade, uma vez que a sociedade vive numa lógica autocêntrica, baseada na relação autoritária entre adultos e jovens, na qual o principal valor é a obediência. Dessa forma, quando uma ordem é colocada em xeque, a atitude é encarada como rebeldia juvenil. “Essa centralização de poder deve ainda ser considerada uma relação, se não violenta, geradora de violências. Afinal, a violência não é uma relação de poderes desiguais?”, questiona Rodrigo, no artigo.
Essa limitação de opiniões acaba impedindo e precarizando a integração dos jovens nas estruturas de oportunidades, seja do ponto de vista do mercado de trabalho, seja da participação social na resolução de incidências e melhorias sociais. Embora se tenha avançado na agenda pública com a criação de planos e instrumentos de direitos das juventudes, ainda é preciso a aproximação desses instrumentos ao cotidiano dos jovens para a produção de equidades. É essencial que haja um esforço de olhares para as ações empreendidas com e para as juventudes. Suas vozes devem ser escutadas, pois são eles que sabem onde dói o calo.
Para saber mais sobre o livro e o X Seminário Visões do Vale, acesse o Portal Polo Jequitinhonha.

Fonte: http://oficinadeimagens.org.br/


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