Por Agência Brasil
No início da madrugada de hoje (21), 23 dos 26 policiais militares
acusados da morte de 15 detentos no Massacre do Carandiru foram
condenados pelo Tribunal do Júri. O juiz José Augusto Nardy Marzagão,
que presidiu o julgamento, fixou a pena em em 156 anos de reclusão para
cada um, em regime inicial fechado.
Os réus podem recorrer em
liberdade. Roberto Alberto da Silva, Eduardo Espósito e Maurício
Marchese Rodrigues foram absolvidos.
O julgamento durou seis dias, após um jurado passou mal na noite do
segundo dia e os trabalhos ficaram suspensos por um dia e meio.
Releia:
O Massacre do Carandiru é conhecido como o maior massacre do sistema
penitenciário brasileiro e ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando
111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante a invasão
policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 do Presídio do
Carandiru.
O único envolvido cujo julgamento chegou ao final, coronel Ubiratan
Guimarães, foi inocentado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em
fevereiro de 2006. Em 2001, ele foi condenado a 632 anos de prisão pela
morte de 102 dos 111 prisioneiros vítimas na invasão do complexo
penitenciário do Carandiru. O militar foi assassinado em setembro de
2006, em crime do qual a namorada foi acusada e depois absolvida (em
novembro do ano passado), por falta de provas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário