sábado, 8 de junho de 2013

Criminalidade: causas e soluções perturbadas

Por Edilson Oliveira



Uma parte da sociedade de massa leiga e preconceituosa diz que o estado tem o direito de matar, pelo fato desse não ser uma pessoa, mas ele é formado por pessoas! Definitivamente não acho pena de morte uma solução, acho um abuso de poder, acho uma ação insensata, embora não enxergue o mundo de hoje como algo sensato, de qualquer forma, acha que a justiça (ou o que deveria se entender como tal) deveria servir como exemplo!


Pesquisas mostram que grande parte da sociedade se diz ter mais medo da polícia que dos bandidos. O índice é ainda maior entre os que já foram abordados por policiais. Uma parcela considerável da sociedade de modo geral considera a polícia pouco ou nada eficiente no combate ao crime.

Enquanto o pensamento da elite for à palavra final, o estado continuará a se dar o direito de matar, e a criminalidade continuará a ser "combatida" da maneira mais grotesca e criminosa possível.

Não que o criminoso não deva receber uma punição proporcional ao crime cometido por ele, mas é preocupante essa idéia de matar alguém como forma de punição por seus atos, descartando a hipótese da prisão como instituição que possa reconduzir um criminoso ao convívio social.

Ao se deparar com determinadas situações, o ser humano reage com base em suas emoções mais primitivas e irracionais, como o ódio, que sobrepujam a razão e a inteligência.

Um exemplo disso é quando te perguntam "mas e se fosse sua mãe, você não iria querer matá-la?"; sim, provavelmente, eu sentiria ódio o bastante para desejar irracionalmente a morte e o sofrimento de outro ser. Porém, estaria demonstrando somente o quão submisso eu seria aos meus instintos.

A razão e compaixão não podem ser ultrapassadas pelo instinto vingativo. Não faz sentido desejar o sofrimento de outro ser sendo que tal não reverteria à situação.

Uma medida adequada de prisão em que o criminoso trabalhe de forma a ganhar mais do que gasta, além de gerar benefícios para a sociedade, ajuda a protegê-la dos males que essas pessoas poderiam causar, e pode reformar o caráter individual.

O enfrentamento do problema criminal está entregue a governantes que não entendem o fenômeno, ou, quando o entendem, atuam com uma postura demagógica e ineficaz. O combate ao crime está fracassando porque estar baseado em preconceitos, falsas premissas, falsos problemas e soluções demagógicas ou histéricas que tomam conta do debate sobre o tema. Antes de procurar as respostas certas para a questão do crime, importa identificar as respostas erradas, para descartá-las de plano.

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